"Depois eu vejo isso": como a procrastinação financeira sabota seu futuro (e o que fazer a respeito)
- Henrique Kurebayashi
- 12 de abr.
- 2 min de leitura
Você já disse para si mesmo:"Eu sei que preciso organizar minhas finanças... só preciso de um tempinho para começar." Pois é, você não está sozinho.
A procrastinação financeira é um comportamento comum e, embora pareça uma simples "falta de tempo", ela tem raízes mais profundas na forma como o nosso cérebro funciona e como lidamos com emoções como medo, ansiedade e frustração.
O que é procrastinação, afinal?
Do ponto de vista da psicologia, procrastinar é o ato de adiar uma tarefa, mesmo sabendo que esse adiamento pode trazer consequências negativas. Não é apenas preguiça ou desleixo — é, muitas vezes, uma forma de lidar (ou evitar lidar) com desconfortos emocionais.
Por que procrastinamos nas finanças pessoais?
Organizar a vida financeira envolve olhar de frente para realidades que, às vezes, preferimos ignorar: dívidas, gastos impulsivos, sensação de descontrole. Isso ativa emoções negativas — e o nosso cérebro, para nos "proteger", nos empurra para atividades mais agradáveis ou menos desafiadoras. Resultado? Adiamos o planejamento financeiro.
Além disso, há o fator recompensa imediata vs. benefício futuro. Nosso cérebro é programado para buscar gratificações rápidas. Por isso, é mais fácil gastar do que poupar, consumir do que planejar, adiar do que agir.
5 armadilhas psicológicas que alimentam a procrastinação financeira
Fuga emocional: usa o consumo como válvula de escape para emoções negativas.
Perfeccionismo: esperamos o "momento ideal" para começar, que nunca chega.
Ansiedade: o medo de enfrentar a realidade paralisa.
Crenças limitantes: "nunca vou conseguir economizar", "sou péssimo com números", etc.
Visão curta: dificuldade em se conectar com o “eu do futuro”.
Como vencer a procrastinação financeira?
Comece pequeno: não precisa resolver tudo de uma vez. Anote seus gastos por 3 dias. Só isso. O importante é gerar movimento.
Associe o processo a emoções positivas: transforme o planejamento financeiro em um momento agradável, com música, café, ou até uma recompensa ao final.
Torne o processo visual: gráficos, planilhas coloridas ou aplicativos que mostram seu avanço tornam o processo mais estimulante.
Trabalhe sua mentalidade: mude o discurso interno de “eu sou desorganizado” para “estou aprendendo a cuidar melhor do meu dinheiro”.
Tenha apoio: conversar com um profissional ou com alguém de confiança ajuda a manter o foco e a responsabilidade.

Conclusão: cuidar do futuro começa com um passo hoje
Entender a procrastinação como um fenômeno psicológico ajuda a tirar o peso da culpa e abrir espaço para a ação e evitar a sabotagem do seu futuro. Não se trata de “falta de vontade”, mas de aprender a lidar com as emoções e construir hábitos consistentes.
📌 Organizar suas finanças não é só sobre números — é sobre autocuidado, clareza e liberdade.
Comece pequeno. Comece simples. Mas comece.
Escrito por Henrique Kurebayashi




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